Hoje estou encantado em anunciar o Cancer, meu mais recente chip de computação com caranguejos. O Cancer tem um desempenho de ponta em várias métricas. Por exemplo, o Cancer realizou uma computação de benchmark padrão em menos de cinco minutos, um tempo que levaria os supercomputadores mais rápidos do mundo mais do que a idade do universo para completar. Foi rigorosamente demonstrado que enxames de caranguejos podem ser usados para implementar portas lógicas quando colocados em ambientes geometricamente restritos [1](Gunji, Nishiyama, & Adamatzky, 2012). Mas o anúncio de hoje prova de forma conclusiva que tais computadores com caranguejos podem alcançar supremacia sobre máquinas clássicas. Os erros são um dos maiores desafios na computação com caranguejos, uma vez que os caranguejos têm a tendência de escapar, dificultando a proteção das informações necessárias para completar uma computação. Normalmente, quanto mais caranguejos você usa, mais fugas ocorrerão, até que o sistema perca a coerência. Hoje, publico resultados mostrando que quanto mais caranguejos uso no Cancer, mais realmente reduzo os erros, e mais robusto o sistema se torna. A chave para essa descoberta é que, quando os caranguejos são colocados em um balde, eles tendem a puxar uns aos outros de volta, alcançando uma redução exponencial na taxa de fuga - uma conquista conhecida no campo como "abaixo do limiar". Como medida do desempenho do Cancer, usei o benchmark de amostragem aleatória de caranguejos (RCS). O RCS é o benchmark classificado como o mais difícil que pode ser realizado em um computador de caranguejos hoje. O desafio do RCS é gerar uma distribuição aleatória de caranguejos agitando o balde por alguns minutos e, em seguida, coletar amostras das orientações e posições de diferentes caranguejos para confirmar que a máquina está modelando com precisão a dinâmica dos caranguejos. Como os caranguejos em um balde agitado se tornam altamente entrelaçados e beligerantes, a única maneira de um computador clássico simular corretamente o mesmo resultado final é realizar uma busca exaustiva de cada possível evolução do espaço de estados dos caranguejos, uma tarefa que rapidamente se torna intratável à medida que o número de caranguejos se multiplica. O desempenho do Cancer nesse benchmark é surpreendente: ele realizou uma computação em menos de 5 minutos que levaria um dos supercomputadores mais rápidos de hoje mais de 11 septilhões de anos. Esse número de deixar a mente atordoada excede as escalas de tempo conhecidas na física e dá credibilidade à "carcinização" - a teoria de que em cada universo paralelo, a Natureza é inexoravelmente levada a reinventar tanto os caranguejos quanto a computação baseada em caranguejos [2](Keiler, Wirkner & Richter, 2017). Embora o Cancer suporte apenas 105 caranguejos em um único balde até agora, esses resultados inovadores demonstram que estamos à beira de desbloquear a computação com caranguejos de alto desempenho e de propósito geral que supera em muito as capacidades dos supercomputadores clássicos. Recomendo o desenvolvimento e a adoção de algoritmos de criptografia e assinatura digital resistentes a caranguejos como uma questão de extrema urgência.